sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Gibson Robot Flying V

Eu nunca tinha visto uma Gibson Robot de perto e devo dizer que a primeira impressão é confusa. Em primeiro lugar é uma Gibson. A qualidade da guitarra é incrível. E ainda por cima é uma Flying V linda, que sem dúvida é uma das minhas guitarras preferidas (e com a vantagem de não ter aquele escudo meio feioso). Mas é muito esquisito apertar o botãozinho e ver e ouvir as tarraxas girando sozinhas (com direito a barulhinho de motor). Isso dá uma sensação de choque e estranheza. Eu acho que é mais ou menos isso que as pessoas sentiram quando viram televisão pela primeira vez ou quando falaram ao telefone pela primeira vez.

Há vídeos no Youtube mostrando como funciona a guitarra. Clique aqui para ver o vídeo oficial da Gibson apresentando a Robot. A guitarra não está programada apenas para fazer a afinação padrão. Há diversas afinações abertas, meio tom abaixo, drop-D. E além disso você pode criar afinações customizadas e programar no sistema. Eu sou um cara um pouco old school e desconfio um bocado de tecnologia. E foi por isso que eu chequei cada uma das afinações geradas pela Robot com meus afinadores digitais. A guitarra realmente é muito precisa e o sistema funciona muito bem.

Essa Robot Flying V foi trazida para cá para um reparo justamente no bendito sistema robotizado de afinação. O sistema reconhecia a afinação da corda G e enviava o comando para a tarraxa, mas ela não girava. Operação McGyver num sistema que eu nunca tinha visto nem por foto. Localizei o problema e resolvi. Depois retirei as cordas, fiz o polimento dos trastes, coloquei D'addario 0.11 e regulei. O mais legal é dar só umas voltinhas nas tarraxas e ver o sistema afinando a guitarra sozinha. 

Ainda bem que isso se limita à afinação. Vocês por enquanto ainda precisam de mim, do Celso e do Pérsio pra ajustar todo o resto da guitarra. 







segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Gibson Explorer

Hugo Lage trouxe a Explorer nova pra revisão. A coitada veio dos EUA completamente desregulada, a ponto da mizinha ficar escapando da pestana. Hugo preferiu usar Elixir 0.10 e ação média-baixa. Um strap lock também foi instalado.



sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ibanez Steve Vai JEM7V

Essa Jem pertence ao Paulo Boizer, que é professor de guitarra aqui da Guitartrix. A guitarra está judiada, mas não é à toa: o Boizer toca com a mesma guitarra há 15 anos. Ele já teve até uma Ibanez John Petrucci, mas não se adaptou à pegada da guitarra, embora achasse o timbre da Petrucci melhor. Há cerca de 2 anos ele retirou aquelas porcarias dos Evolution e colocou um par de Rosar Punchbucker e resolvemos o problema de timbre da guitarra. Os Punchbucker têm um som tão agressivo quanto os Evolution, mas geram um overdrive muito mais cristalino e com um equilíbrio de timbre muito melhor entre o da ponte e o do braço.

Fiz a troca de trastes (dunlop 6000), troca de cordas (D'addario 0.10) e regulagem.

Em tempo: colei esse adesivo no tampo da guitarra (escrito "Play loud") há uns 3 anos o Boizer nunca tirou.
 








segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Gibson Les Paul Tradicional Plus

Ele reclamou, fez mimimi, chorou, deu escândalo, disse que eu era um vizinho ingrato, jogou pedra no meu telhado, me chamou de amigo da onça, disse que ia  me deletar do Orkut, fez greve de fome e ameaçou se jogar na cratera do METROFOR bem em frete à casa dele. Tudo isso tinha um motivo: ainda não tinha nenhuma guitarra dele no meu blog. E eu sou um cara que dissemina a alegria no universo. Para tanto, eis a minha contribuição ao Rafael Vasconcelos, vulgo Balboa.

Não bastasse o fato desse cara ser um tremendo guitarrista, ele ainda tem umas guitarras iradas. Essa Standard Plus é uma guitarra impressionante (além de muito bonita). Ela tem um hardware diferente do que normalmente encontramos nas Gibson: as tarraxas são Grover com trava, a ponte e o cordal têm parafusos laterais que os travam nos pivôs e o jack tem um tipo de trava que impede o cabo de se soltar. 

Essa série Plus é uma das séries da Gibon em que a máquina Plek é usada. A Plek realmente faz um ótimo trabalho no nivelamento e arredondamento nos trastes, mas como sempre acontece nas Gibson, o polimento é bem ruinzinho. Resultado: os trastes ficam com arranhões e sem brilho. Fiz o polimento e a guitarra ficou mais macia e os trastes ficaram mais bonitos. Depois coloquei D'addario 0.10 e fiz a regulagem final.

Espero que depois desse post a paz possa ser reestabelecida no Benfica, que nossa vizinhança se torne um lugar mais sossegado e que o Balboa volte a ser meu amigo.