quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Fender Jaguar HH

Um Rafael Gomes blindou a guitarra de um Raphael Gomes. O homem tem quase o meu nome e  chegou aqui com uma guitarra bacana dessas. A eletrônica da Jaguar tem muitas cavidades separadas e isso torna a blindagem da guitarra um pouco mais trabalhosa. 





sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Cláudio Mendes trouxe duas guitarras pra manutenção. Duas Fender: uma Tele American Vintage e essa strato Monterrey. Na strato eu troquei os trastes por Dunlop 6000, fiz a blindagem, regulei e coloquei D'addario 0.10. Cláudio prefere ação média e a guitarra ficou ótima.




sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Schecter Demien 8

Acha pouco o ódio que aparece no seu coração quando toca numa guitarra de 7 cordas? Pois tente essa de 8 cordas e me diga o que acontece. 

Essa é uma Demien 8, do Rafael Boni. A ação estava alta, as cordas estavam velhas e a escala estava bem ressecada. A escala dessa guitarra é de 26 polegadas (meia polegada mais longa que uma Fender). As 6 primeiras cordas são um jogo 0.10 híbrido (com bordões 0.11), as duas mais graves são cordas de baixo e afinadas em B e F#. Os captadores são EMG 808.   

Fiquei bem impressionado com o acabamento da guitarra e com seus detalhes em abalone. A marcação é especialmente chamativa. 




segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Rickenbacker 4003

O Marcos Renan me ligou na sexta passada dizendo que ia trazer um Rickenbacker 4003 pra eu resolver um probleminha da eletrônica do instrumento. É claro que eu fiquei na ânsia durante todo o fim de semana. 

Vários dos meus baixistas preferidos usam Ricky: Geddy Lee (até 1981), Chris Squire, Dave Meros, Chris Wolstenholme... O problema é que infelizmente o problema é no captador do braço, que está pifado. Missão para o poderoso Sérgio Rosar. O instrumento tem outros probleminhas de regulagem além do problema do captador.

Em breve eu trago pra vocês todas as fotos e os detalhes do que foi feito com ele. Por enquanto vocês ficam aí com a foto dessa maravilha.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Fender American Standard Stratocaster

O lendário Júnior é assim: antes de tocar a primeira música com uma guitarra nova ele a traz aqui pra regulagem e troca de cordas. Ele acabou fazendo todo o procedimento cirúrgico que eu fiz na minha strato, pois a dele apresentava os mesmos problemas da minha (clique aqui pra ver). Ou seja: colocamos capacitor no botão de volume, trocamos os trastes pelos Dunlop 6000, deixamos a ação média-baixa e colocamos D'addario 0.10. A tocabilidade ficou excelente. Tirei também alguma oxidação que havia na ponte e a guitarra ficou linda.








segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Epiphone Les Paul Custom

Napoleão Caldas é um cara que sofre de um distúrbio de personalidade profissional parecido com o meu. Além de dentista ele é um dos donos do Acervo Imaginário, um dos bares mais bacanas de Fortaleza. 

Napoleão trouxe todos os seus instrumentos pra manutenção (baixo Fender Jazz Bass, violões de 6 e 12 cordas e algumas guitarras). Dessa vez eu troquei os trastes da Fender e da Epiphone Custom. Havia uma irregularidade chata no final da escala da Les Paul. Retirei os trastes antigos, corrigi a irregularidade, coloquei meus trastes preferidos (Dunlop 6000), hidratei a escala, usei D'addario 0.10 e deixei a ação média-baixa. 




segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Guitarra strato Frankestein

Essa semana eu conferi minha sucata. Não necessariamente coisas imprestáveis, mas peças velhas que fui trocando de guitarras minhas e de clientes - essas peças em geral vão pro lixo, mas todo luthier do mundo guarda boa parte delas. Eu vi esse corpo bem antigo e com essa pintura linda e resolvi que ia montar essa guitarra. 

Com tempo sobrando no fim de semana eu resolvi consertar a escala desses dois braços. O com escala escura é um Squier e o outro é um Mighty Might de bird's eye maple. As escalas estavam muito torcidas, mas o tensor dos dois estava perfeito. Corrigi as escalas (e deixei-as com raio de 20 polegadas), coloquei trastes Stew Mac 150 no braço Squier e Dunlop 6000 no outro. As tarraxas são Wilkinson EZ Lock muito velhas que estavam esquecidas na minha casa e que estavam muito enferrujadas. 

Peguei três Rosar da minha coleção: dois True Vintage e o primeiro Supershred que o Sérgio me enviou pra testes. Na época esse captador se chamava Rockbucker, tanto que é isso que está escrito na etiqueta atrás do captador.  Fui eu que mudei o nome do captador pra Supershred. A ponte é uma Fender. A trabalheira foi grande, mas o timbre dela ficou melhor do que eu esperava e vou usar a guitarra no tributo ao Muse dia 20 no bar The Pub. 

Coloquei fotos da guitarra com os dois braços instalados. Com qual deles ela fica mais bonita? 









segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Epiphone Sheraton II


Essa Epiphone lindona pertence ao João Lúcio (cujo nome completo, segundo consta, é João Lúcio Ferreira Gomes Rockerfeller Orleans e Bragança). Lúcio é vocalista da banda The Mob, Verona e da New Born (banda em tributo ao Muse cujo guitarrista é o humilde luthier que vos escreve).


O visual da guitarra  dispensa muitos comentários, mas a coitada estava um pouco cansada. Muito suja, com jack defeituoso, regulagem suspeita, cordas velhas e tudo mais que uma guitarra usada constantemente costuma apresentar quando não recebe a atenção devida. João achava que a guitarra precisava de uma troca de trastes, mas no meu julgamento ela ainda podia ser usada por um tempo e deixamos a troca de trastes para o ano que vem. Usei Ernie Ball 0.10, ação média, coloquei capacitores cerâmicos de 330pF nos botões de volume (controle dinâmico é sempre vindo), troquei o jack e fiz uma limpeza pesada. Só lembrando: fazer qualquer tipo de reparo na eletrônica de uma guitarra como esta dá uma trabalheira desgraçada. É muito difícil lidar com os pots, chave e jack numa guitarra dessas uma vez que as peças precisam ser inseridas ou retiradas usando somente esse pequeno espaço do F-hole. É nessas horas que ter mãos pequenas como as minhas pode ser uma ajuda. 

Eu recomendo que vocês conheçam o João Lúcio e a Verona no Facebook ou no MySpace. Eles também estão no Twitter.





segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Finalmente o Ronaldo Pessoa trouxe as guitarras dele pra manutenção. Ronaldo é guitarrista, produtor musical e dono do estúdio Trilha Sonora. A primeira guitarra que eu quero mostrar pra vocês é a Gretsch Brian Setzer. A coitada estava bem judiada e com trastes nesse estado horrível que vocês podem ver na primeira foto.

Eu sou chato de tanto que eu falo nisso, mas essa questão de trastes oxidados é um problema. Eu tenho leitores de outros estados e sei que em Brasília ou São Paulo isso não é um grande problema (são estados de climas muito secos), mas Fortaleza é uma cidade litorânea e aqui a oxidação é um problema. Corda de guitarra, computadores e até estruturas de prédios ficam deteriorados seriamente. Aqui é um milagre se uma placa-mãe de computador sobreviver por dois anos. No caso dos trastes, essa oxidação deles contamina as cordas e elas não duram nada. Solução: polimento de trastes sempre que se nota a "casquinha" marrom neles. A segunda foto mostra como eles ficam depois do meu polimento.

Essa Brian Setzer lindona foi encordoada com D'addario 0.11 e foi regulada com ação média. A Bigsby não lá um primor de estabilidade de afinação, mas o uso dessas tarraxas Sperzel (originais da guitarra) e a lubrificação da pestana ameniza o problema. 

E quando estiver faltando rock'n roll na vida de vocês é só ver um vídeo do Brian Setzer que o problema passa.