segunda-feira, 28 de março de 2011

Patrulha do potenciômetro


Todo componente eletrônico tem uma margem de erro de 5% ou 10% pra mais ou menos. Isso está dentro do tolerável em se tratando de potenciômetro pra guitarra e potenciômetro é assunto que rende polêmica.       

Precisei trocar o potenciômetro de volume da minha Fender (250K tipo A). Por mera curiosidade eu resolvi pegar um multímetro pra conferir a resistência de todos os pots "genéricos xing-ling" e tb os da CTS (os mesmos usados pela Fender e Gibson) que eu tenho aqui na minha gaveta. 

Resultado : dentre os xing-ling (eram uns 20) o único que estava fora da tolerância era um com 200K. Todos os outros tinham entre 230 e 250K.

Tenho aqui uns 15 pots CTS de 250K. Tinha um com 130K, um com 310K e os outros variavam bastante entre 210 e 260K. Lembrando que os CTS possuem muito mais resistência a várias soldas, mas além de caríssimos, são muito duros de girar.

Achei isso absurdo. Chega um cliente aqui pra trocar captadores e às vezes acaba trocando os pots. Suponha que coloque sem querer uma porcaria dessas de 130K na guitarra e isso faz uma diferença muito grande num instrumento. Se eu colocar um pot de 130K no volume de uma strato ele vai matar um bocado do som. O cliente sai por aí dizendo que os captadores não prestam ou que meu trabalho foi ruim.

Agora vai virar procedimento padrão por aqui: todos os pots serão conferidos e os que tenham um desvio muito grande vão ser separados e usados somente em casos muito específicos. Às vezes uma stratocaster pode ser muito aguda e usar aquele pot de 200k no tone pode ser uma solução.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Abraham Carlos (o rei das gigs e dono da Fender da cor mais estranha do universo) trouxe duas guitarras pra manutenção. Uma delas foi essa Les Paul Standard 2008. O estado dos trastes era aquele que a gente está acostumado a ver nas Gibson. Fiz o polimento adequadodos trastes, limpeza e hidratação da escala, coloquei cordas novas e regulagem. 

Só pra constar: as cordas foram D'addario 0.105, ou seja, eram 0.10 e meio. Abraham trouxe essas cordas direto dos EUA. Acho que o distribuidor de D'addario no Brasil não traz essas cordas.







segunda-feira, 14 de março de 2011

Gibson SG Standard

Mendes Júnior é o meu cliente mais presente. O homem coleciona carros e guitarras bacanas. A guitarra da vez é uma SG Standard. Júnior é louco por alavancas Bigsby. Eu também gosto muito dessa ponte, mas o inconveniente dela é ter que furar o tampo da guitarra para parafusá-la. Por isso que o Júnior preferiu usar a Vibramate. Com ela não é necessário furar a guitarra. É um recurso muito simples e muito bacana: nada mais que uma chapa de alumínio em forma de ferradura que é fixada ao tampo através das buchas do cordal original. Você fixa a Vibramate no tampo e fixa a Bigsby na Vibramate. Não dava pra ser mais simples do que isso e é uma daquelas idéias geniais que alguém tem uma vez na vida.

A Bisgsby não tem a mesma estabilidade que uma floyd boa ou uma Kahller. Parte desse problema é o atrito causado na ponte. Em guitarras Gibson acústicas com ponte de madeira flutuante o problema é bastante reduzido pelo fato da ponte se mexer um pouco, mas a ponte normal de Les Paul não oscila e as cordas atritam muito nos carrinhos com a ação da alacanca. O Júnior comprou uma roller bridge, que tem rollers no lugar dos carrinhos normais, o que diminui muito o problema.

Coloquei cordas D'addario 0.10 e fiz a regulagem com as cordas bem baixas, que é como o Júnior prefere. O ataque dele é bem suave e isso permite que se use ação mais baixa.


quarta-feira, 2 de março de 2011

Gibson Les Paul Tradicional Pro

Eis uma Les Paul Tradicional Pro. Além das tarraxas com trava e dos parafusos que fixam a ponte e o cordal aos pivôs, essa guitarra vem de fábrica com cancelamento de bobina dos captadores. 

A guitarra foi trazida aqui para polimento de trastes, regulagem e troca de cordas. Vejam as fotos da escala e trastes. Elas estão em resolução alta.