quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

ESP Kirk Hammett KH2



Eu adoro essa guitarra. Ela pertence ao João Marcelo, que é cliente da casa e meu amigo. Essa guitarra tem tudo que você espera de uma excelente guitarra pra peso e fritação – o visual, pegada e som são perfeitos pra metal e hard rock. Eu sou fã das ESP e quase troquei a minha Horizon nessa Kirk.

 O João gosta muito da pegada da guitarra, mas não gostava do timbre, então os captadores originais (um par de EMG 81) foram trocados por Seymours (um JB na ponte e um 59 no braço). Alguns meses atrás o João testou o meu Bill Lawrence L500XL e gostou tanto que comprou um pra ele.

 A preferência de altura de cordas do João Marcelo é média-baixa e ele é neurótico com isso. Eu também prefiro cordas baixas, então sei como deixar as cordas do jeito que ele gosta. Antes dele ser meu cliente a guitarra tinah 0.09, mas eu recomendei que ele usasse 0.10. O timbre melhora e eu consigo regular melhor com cordas mais grossas. 

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Fender Strat Standard

Essa guitarra é do Luciano Bertini. Ele é um dono de estúdio e produtor musical aqui em Fortaleza. Essa é uma ótima Fender Standard cujos captadores originais (que eram Lace Gold) foram trocados por Fender Vintage Noiseless.

Conheço o Luciano há muito tempo ele sempre quis fazer uma reforminha na guitarra, inclusive pra poder fazer um reparo na escala - que tinha um buraco causado por uma queda. O Luciano esperou pra fazer o reparo quando fosse trocar os trastes da guitarra.

Para fazer esse reparo eu preenchi a cavidade com uma mistura de cola tipo Super Bonder e o pó da própria madeira da escala. Usando o pó da madeira da própria escala eu evitei uma diferença grande entre a cor da escala e do reparo. O resultado ficou muito bom.

A escala da guitarra estava bem maltratada, mas depois do serviço completo ela ficou bem bonita. Usei trastes Dunlop 6100 e cordas 0.10. A ação de cordas da guitarra ficou média, pois o raio de 10 polegadas não permite altura baixa de cordas sem trastejar na hora dos bends e eu preferi não achatar o raio pra manter a pegada natural da guitarra.




segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Gostando ou não da atitude da guitarra, não há como negar que a Ibanez Jem marcou uma era. Ela foi criada a partir da demanda de um tal de Steve Vai, que queria uma guitarra de ergonomia mais adequada às medidas meio exageradas das suas mãos, que são enormes (talvez você não saiba, mas o Vai alterava suas stratos, serrando o corpo delas pra aumentar o tamanho do cutaway). Recursos como a combinação HSH também eram novidade na época, além da Floyd Rose. Os humbuckers são Dimarzio PAF Pro e o single é um Dimarzio padrão. 
Essa Jem pertence a um grande cliente chamado Jaldimar. Ele a trouxe dessa vez para polimento de trastes, regulagem e troca de cordas.




quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Peavey Wolfgang

Certo, vamos ao fato: a Peavey Wolfgang é a melhor guitarra de rock que eu já toquei. O braço é perfeito e o timbre é gritador, seco e direto. É uma guitarra totalmente sem frescura. Duvido que você tenha vontade de tocar um blues, jazz ou pop nessa guitarra. É um instrumento de hard rock e ponto final. 

Essa é mais refinada que a maioria das Wolfgang. Ela tem um tampo abaulado de quilted maple e o braço em bird's eye maple. Tiago a trouxe aqui logo q ela chegou e notei q ela tinha um probleminha na altura das cordas - mesmo com a Floyd completamente abaixada e com o braço bem reto   as cordas permaneciam altas. Tive q mexer no ângulo do braço pra corrigir isso. Coloquei cordas 0.10 e regulei o instrumento todo - incluindo o D-Tuna, que estava totalmente desregulado. 

Minha nossa senhora das palhetas perdidas, que guitarra fantástica!



domingo, 1 de fevereiro de 2009

Fender Malmsteen

Essa guitarra é do Tiago Voluta. Ele tem outras guitarras muito boas e as traz aqui para reparos e manutenção. Ele trouxe a Malmsteen aqui pra revisão de rotina e troca de cordas, mas notei algumas coisas na guitarra e sugeri alterações:

1- ela estava com cordas 0.09 e sugeri que ele usasse 0.10;
2- a guitarra estava com a ponte totalmente sentada no corpo. Eu disse a ele pra experimentar a ponte do mesmo jeito que eu deixo nas minhas stratos: flutuando como uma Floyd. Se a guitarra estiver bem regulada, você não vai ter problema com afinação;
3- os trastes estavam muito achatados. O primeiro dono da guitarra deve ter feito um fretwork de má qualidade e a tocabilidade estava comprometida. Sugeri um fretwork (dessa vez bem feito) pra deixar a guitarra mais confortável;
4- o pessoal da Fender deve ter fumado algum bagulho estragado e colocou potenciômetros de 250K. O HS3 e o YJM (captadores dessa guitarra) funcionam melhor com pots de valores mais altos. Troquei todos por 500K e o timbre ficou melhor.

Essa é uma excelente guitarra e as alterações a deixaram melhor ainda. A propósito: acho que o proximo post é sobre a Peavey Wolfgang do Tiago.