quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Gibson Les Paul Custom 1981

No Facebook isso rendeu uma discussão muito divertida. Alguém que se diz luthier foi trocar os trastes dessa Custom e o resultado final foi esse da primeira foto abaixo. Como sabemos, a remoção de trastes deve ser feita usando os produtos e ferramentas adequados para que a escala não seja danificada. A escala das Custom é de ébano, que é uma madeira muito quebradiça e sujeita a esses danos, então os cuidados devem ser redobrados. Coisa que não foi dita ao incompetente que fez a troca de trastes anterior, que ainda por cima deixou a escala cheia de arranhões e marcas de martelo. A segunda foto mostra o que havia por baixo do trabalho porco. Essa crosta amarelada é o excesso de Super Bonder. Não fiquei muito surpreso com nada disso. É o que se espera de um trabalho porco e já havíamos visto isso na Les Paul do Álvaro

A terceira foto mostra a restauração em andamento. A quarta mostra a restauração finalizada e os trastes novos já colocados. Faltava apenas a limpeza final e hidratação. O restante das fotos mostra o trabalho finalizado.

Essa Les Paul pertence ao Emílio Tahim e é um belíssimo instrumento. As cordas usadas foram D'addario 0.10 e os trastes foram Dunlop 6105.













14 comentários:

Gabriel Oliveira disse...

Agora sim, trabalho de gente grande :)

Anônimo disse...

Que trabalho lindo!!! Vi sua postagem no facebook e fiquei curioso em ver a matéria. Parabéns Rafael.

Hilário Ferreira disse...

Rafael é o Ivo Pitanguy das guitarras!

nilkesede disse...

Muito bom! Parece até um braço novo. Parabéns pelo trabalho.

Oscar Jr. disse...

Lindo trabalho Rafael! Trastes bem feitos é pra poucos.
Abraço

Fabio Luthier disse...

Sou Luthier e sei o baita trabalho que dá trocar trastes de guitarra com friso e braço colado...eu já peguei Gibsons lindas que foram massacradas por "luthiers" picaretas que acabaram com o friso,não nivelaram a escala,fora os trastes que estavam cada um em um nível!
Qual cola voce usa para fização dos trastes Rafael?
Parabéns pelo amor à lutheira amigo,forte abraço!

edivar marinho disse...

Valeu rafa, como sempre IMPRESSIONANTE.

Richel disse...

Ah, se eu descubro o cara que fez o "trabalho porco" nessa maravilha... Mas graças ao bom Deus, h´acara sque conseguem desfazer o "indisfazível".

Thiago Aragão disse...

O que eu acho mais incrivel nisso tudo, é a coragem do dono da guitar...entregar uma guitar dessas pra qualquer é ter MUITA CORAGEM, viu!!! Bom trabalho, Rafael!! Continue sempre assim, isso me enche de orgulho, e mostra que ainda existe gente competente nessa area!!!

Anderson Guedes disse...

Fantástico mano! Parabéns pelo trabalho!

jpzao disse...

Ow homi milagreiro... parabéns meu grande luthier

Anônimo disse...

Se eu pego o cara que fez isso,amputo parte por parte dos seus membros.tomando cuidado para mante-lo vivo sentindo com total nitidez a dor e fazendo com que morre-se de hemorragia,onde usaria seu sangue para fazer um ritual de magia negra para sua alma queimar no inferno para sempre.

Rodrigo Sacramento disse...

Cara, que coisa absurda, quem foi o luthiégua que "restaurou" sua guitarra? Me diz, preciso sair correndo quando passar por perto.
Como que você deixa o cara retirar o fret-end binding e ainda instalar trastes jumbos numa guitarra cujo visual clássico obriga-se a ser mantido? Tudo bem que é uma Norlin, mas ainda assim uma Gibson, que tem lá o seu valor. Era dever do sujeito preservar a essência visual do instrumento, e não arruiná-la.
Veja, eu sei que são apenas meros detalhes, que não afetam em nada a tocabilidade. Mas o problema, a meu ver, é que uma Gibson, mesmo que Norlin, foi completamente descaracterizada. Pegue uma "Les Paul" chinesa... pois é, escala aparente de "Les Paul" chinesa. E não vou nem falar no quanto a sua guitarra desvalorizou.
Eu, no seu lugar, entrava com um processo contra esse pedreiro.
Um abraço,
Rodrigo Sacramento

ADM_SPIDER disse...

mano quanto vc me cobra pra fazer um braço desse pra min